quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Qual a forma de sucesso para sua empresa trabalhar?





Recentemente eu li a frase de Reid Hoffman, fundador do Linkedin que me fez pensar.

“Se você não tem vergonha da primeira versão do seu produto, você demorou demais para lançar.”

A maioria de nós deseja trabalhar em coisas que resolvam os problemas das empresas, das pessoas e da comunidade onde atuamos ou moramos. Desejamos isto porque resolver problemas relevantes é o caminho percorrido por empresas de sucesso.

Muitos acreditam que o sucesso esta relacionado a um momento “iluminado” ou até mesmo de sorte. Na maioria das vezes o sucesso é alcançado por esforço e dedicação no desenvolvimento de uma ideia “simples”. Personagens famosos já falaram sobre o poder o simples.

De onde vem o poder do “simples” que nos leva ao sucesso?

Após ler muito sobre inovação e funcionamento de startup's e inovação acredito que o poder do simples esta na capacidade de aprender rápido. Esta relacionado a ter canais contato, ser assertivo no relacionamento, demonstrar comprometimento com os clientes e agilidade para evoluir.

A maioria dos clientes está propensa a contribuir para a evolução do prestador de serviços, especialmente quando percebe que há um interesse genuíno no negócio do cliente, isto é demonstrado com o pronto atendimento das demandas. Esta “parceria” é a chave para um desenvolvimento ágil e efetivo da forma da empresa trabalhar.

Por muitos anos, acreditávamos que a evolução era atividade para especialistas realizarem em laboratórios, cientes que o ambiente controlado nunca simula todas as condições e que gera longos prazos para disponibilização da solução ao mercado.

Num mundo V.U.C.A. (volátil, incerto, complexo e ambíguo), as práticas colaborativas e as metodologias ágeis são componentes que dispomos para produzir conhecimento com a velocidade que necessitamos.

Por que estas práticas contemporâneas só poderiam ser aplicadas no Uber, Arbnb, Netflix, Tesla, dentre outras, e não na forma de trabalhar de prestadores de serviço?

Nota-se que as novas empresas de sucesso tem custos inferiores às que lideravam o mercado antes da sua chegada, tem um relacionamento próximo com os cliente e quebraram paradigmas quando os serviços ofertados.

Será que o sucesso destas empresas esta associado à:
·         Localidade onde estão?
·         Serem grandes empresas?
·         Lideres jovens?
·         Recursos financeiros abundantes?
·         Clientes diferentes dos nossos?

Eu tenho crenças a respeito disto e gostaria muito de conhecer a sua opinião


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Consultoria com grupos de empresários





Ao longo do segundo semestre de 2016 ministrei no interior de São Paulo um treinamento para pequenos empresários com objetivo de capacita-los para uma nova fase de suas empresas. Ao longo dos três meses de encontros abordávamos os temas planejamento, práticas de gestão e liderança empreendedora.

A empreitada não trouxe resultados financeiros, não fui efetivo para formar turmas que cobrissem os custos operacionais, entretanto, foi um excelente laboratório para confirmar minhas crenças sobre a realização de consultoria em grupo e a participação ativa dos clientes nos projetos.

Recentemente li o livro de Willian A. Cohen - Peter Drucker Melhores Praticas, e isto reacendeu o desejo de voltar a trabalhar com grupos de empresários. O autor menciona que as práticas aproveitavam os conhecimentos e experiências dos clientes para a realização dos seus trabalhos.

O método de Drucker consistia em fazer perguntas, que permitiam que ele aprendesse sobre a empresa, a partir de uma visão geral e depois seguindo para os detalhes. Ele dizia que o cliente é o especialista na empresa e acreditava ser imprescindível contar sua participação ativa na consultoria.

No capítulo quinze do livro as ideias de consultoria em grupo de Drucker são apresentadas junto com as experiências de Cohen, materializadas na metodologia IATEP (Teoria de aplicação imediata para melhoria de desempenho) desenvolvida e aplicada na CIAM (California Institute of Advanced Management - www.ciam.edu ).

Nas palavras de Drucker, “quem trabalha com dois ou mais clientes ao mesmo tempo presta consultoria em grupo. Assim, workshops, treinamentos, e até mesmo o magistério convencional em sala de aula são formas de consultoria em grupo”.

Na essência dos métodos utilizados por estes consagrados consultores, professores, autores de best sellers, Drucker e Cohen, esta o empowerment, que transforma o cliente e o aluno em protagonistas do projeto de consultoria e do curso de capacitação respectivamente.

Quanto a minha experiência, vivida durante os treinamentos para empresários no interior do estado, percebi que o conhecimento adquirido pelos participantes foi muito além do conteúdo programático que preparei.

Sem saber, naqueles encontros praticávamos o que Napoleon Hill chama de Master Mind , os empresários compartilhavam suas experiências e esta troca conduziu grupo para um novo patamar de conhecimento.

Gostaria de conhecer a sua opinião sobre o tema, acredito que esta também seja interessante para a comunidade de leitores.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

O que eu aprendi lendo o livro Audaz de Maurício Benvenutti


Reflexões sobre o Livro “Audaz” – Maurício Benvenutti

Como não ler o livro de um jovem empreendedor que saí de Vacaria-RS, faz sucesso no Brasil e agora atua no vale do silício?
Devorei o livro num final de semana, percebi que eu tinha um forte alinhamento com as ideias do autor. Deixei passar algumas semanas para digerir o que li e agora escrevo sobre como cada capítulo impacta a minha vida.

Democratização de tudo

O conhecimento do mundo esta a disposição na internet, basta desejar acessa-lo, nenhuma ideologia política ousou distribuir tanto poder as pessoas. A missão do Google é uma prova disso; “Organizar as informações do mundo”.
Eu consigo trabalhar em qualquer local, acesso meus conteúdos pessoais armazenados em servidores virtuais e utilizo ERP’s pagando por mês menos que uma pizza. Meus equipamentos de trabalho são celular, notebook e impressora, versões básicas que podem ser compradas no cartão de crédito em parcelas.
Li muitos livros ao longo do ano, opto pela versão impressa, pois tê-los é um hobby, mas isto não seria necessário, pois os resumos estão disponíveis na internet em vários formatos.
Manter-se atualizado ficou fácil e barato, não importando o pais onde moramos, classe social e outras questões.

A inquietude que nos une

Nunca estudei tanto, ao mesmo tempo, nunca senti que necessitasse estudar mais, necessito aprender coisas que eu não imaginava necessitar no ano passado.
Percebo que sozinho não vou longe, busco parceiros que compartilhem propósitos, assim, os desafios exponenciais poderão ser enfrentados por uma tropa motivada por compromisso e paixão.
A invocação mais importante é a minha própria, preciso ser outro profissional a cada dia, mais sábio, mais humano e principalmente mais efetivo na percepção de quem importa, o mercado.
Minha trajetória profissional gera inquietude, os trabalhos em que sou remunerado hoje estão baseados em conhecimentos que adquiri nos últimos anos. Para que servem os conhecimento e experiências dos outros 35 anos de minha vida profissional?

O amanhã

As mudanças dos últimos anos, fim de um casamento, redução do padrão de vida, mudança de residência, de sócio, de portfólio de serviços, dentre outras coisas, me prepararam para ver o amanhã com menos temor.
Aprendi que os tempos atuais demandam o conceito da adhocracia, em contraponto aos conceitos da burocracia e meritocracia. A adhocracia prega a ação para ser efetivo no volátil e desafiador mundo atual.
Considerando o exposto, não temo novas mudanças, a inteligência artificial ou outras tecnologias, sinto estar preparado para ligar com elas, afinal, fui um nerd no inicio da minha vida profissional, posso resgatar estas experiências caso necessário.
David McClelland, o autor da “Teoria das Necessidades Adquiridas”, explica como poderemos ter sucesso neste amanhã. Resumidamente, não esta relacionado a inteligência ou conhecimento, mas com nossas atitudes.

Causar impacto

Desde que li “Qual é a tua obra?” de Mario Sérgio Cortella o propósito passou a fazer parte das minhas reflexões. De pequenas a grandes ações avalio se então alinhadas com ao que defini para mim. Da alimentação equilibrada aos projetos que realizado, clientes onde presto serviços.
Atuo em consultoria há quinze anos e somente agora percebi ser mais efetivo em cliente de pequeno porte. Durante algum tempo achei que estava relacionado à minha competência, hoje entendo que esta associado ao alinhamento de propósitos. Os resultados ocorrem de maneira mais efetiva quando há relacionamento direto com um empresário, fundador e apaixonado pelo negócio.
Na grande empresa eu sou um consultor realizando uma dentre muitas atividades, na empresa pequena eu levo novos conhecimentos, que em muitos casos transforma a empresa. A efetividade esta associada à proximidade com o cliente, a capacidade de alterar a cultura corporativa e um genuíno desejo de ajudar.
Percebi o impacto que causo em pequenas empresas, que desejam atualiza-se, conhecer novas práticas e defini que colocarei a maior energia possível para atender este segmento.

Olhar a próxima curva

As curvas apresentadas por Maurício Benvenitti são: horizonte 1 – Pagar as Contas, horizonte 2 Construir as próximas soluções e horizonte 3 – Imaginar o futuro.
Costumo perguntar aos clientes se as praticas de gestão que trouxeram suas empresas até aqui são as mesmas que as levarão para as próximas fases. 90% deles diz que as praticas precisam evoluir.
A pesar de reconhecerem a necessidade da mudança, a maioria não age enquanto não houver uma dor extrema. Somente uma perda significativa de mercado e resultados estimula o empresário a mudar, é o ditado “não se mexe em time que esta ganhando” sendo praticado.
 Aprendi recentemente que resistir a mudança tem haver com o funcionamento do cérebro, este funciona melhor com padrões armazenados, é uma forma de economizar energia do órgão que consome a maior energia do corpo.
Particularmente, a maioria das minhas mudanças foram causadas pela dor. Infelizmente.

Questionar em vez de ter a resposta pronta

Venho praticando isto cada vez melhor, os resultados alcançados em projetos que utilizo técnicas de facilitação, que  capturam o conhecimento do cliente são superiores quando comparados ao período em que eu aplicava os meus “trocentos” anos de experiência profissional.
Tenho a minha versão da frase do autor: Um consultor experiente tem a pergunta certa em vez da resposta pronta.
Por traz deste modo de agir é necessário humildade, reconhecer a sabedoria nos outros e sempre estar preparado para aprender.

Fazer com as pessoas em vez de para elas

Deste que conheci o conceito proposto por Alexander Osterwalder venho estudando as praticas ágeis, que privilegiam a visão do todo para alinhar o entendimento e o design thinking estimular engajamento, realizo a maior parte das atividades dos projetos em equipe.
Peter Druker, um dos pais da administração e consultor consagrado dizia que o cliente é o maior especialista da empresa. Quem sou eu para discordar?
Considerando isto, o consultor aporta um benchmark de métodos e praticas, o cliente aporta sua experiência na empresa e juntos encontram a melhor solução.
Ser diverso
Neste capitulo eu aprendi sobre a importância da diversidade, sua importância nos dia de hoje.
Nas décadas de 1960 e 1980 a rota 128, na região de Boston, costa leste dos EUA, abrigava grandes empresas de tecnologia e universidades de ponta como Harvard, MIT e Yale, era nesta região que a inovação acontecia.
Mas a rota 128 foi superada pelo vale do silício, na região de São Francisco, costa oeste dos EUA, que atualmente abriga as mais bem sucedidas empresas de tecnologia e é o polo novo polo de inovação mundial..
A diferença entre os dois ecossistemas esta na cultura, em Boston, estavam empresas consagradas, famílias respeitadas que educam seus filhos para um mercado com aversão a riscos. No “vale” estavam os “forasteiros”, jovens vindos de todas as partes do mundo, sem famílias, sem um nome a zelar, com maior propensão ao risco.
O ambiente do vale é diverso, propício à associação e consequentemente a inovação, a diversidade é um combustível importante para criar novos negócios.

Mortais com você e eu

Neste capítulo foram apresentados casos inspiradores de empreendedores de sucesso, cada um de nós tem suas preferências. As lições aprendidas neste capitulo estão no próprio titulo, que nos lembra, que coisas especiais são feitas por pessoas normais, comuns como nós.

 Audazes e desobedientes

No filme Jogos Vorazes existe a equipe da “audácia”, esta é composta pelos jovens mais destemidos, que protegem a sociedade, mas também a levam para melhores condições estruturais.
Ser audaz não é não ter medo, é saber lidar com os medos, não ser paralisado por ele. Ser audaz é importante num mundo de transformações, onde não há espaço para zonas de conforto.
Se desobediente para mim é mudar paradigmas, quebrar o statu quo, é acreditar que o mundo demanda pessoas melhores, mais competentes e ao mesmo tempo mais realizadas  com o que fazem.
Acredito que isto é possível quando alinhamos propósitos pessoais e profissionais com as atividades que realizamos no diariamente.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Tudo junto, misturado, rápido e com qualidade

Imagine que você é um prestador de serviços.

O seu cliente busca a contratação de um conhecimento que não dispõe, acredita que contratá-lo será mais rápido do que aprender para depois realizar a tarefa.

A atividade em questão é estratégica, não é recomendado terceirizar, pois uma boa realização pode gerar um diferencial competitivo para a organização.

O projeto envolverá praticamente todas as áreas e deverá estar concluído até o final do ano.

Questões?
  1. Como conciliar a agenda dos profissionais envolvidos no projeto e suas rotinas diárias?
  2. Como realizar as tarefas do projeto e capacitar o cliente simultaneamente? Este deverá operar a mudança a partir do inicio do ano?
  3. Como lidar com a cultura corporativa e a manutenção do statu quo?
  4. Como engajar e contar os melhores conhecimentos disponíveis?
  5. Como praticar um custo competitivo e permitir o investimento do cliente no projeto?
A metodologia de realização do projeto deverá responder todas as questões.
  1. Sempre é possível dispor de algumas horas durante o período comercial, também é possível uma mesma quantidade de horas em períodos extras. Lembrar que é um esforço temporário e trará benefícios a todos. (benchmark 10%+extras)
  2. Leaning by doing (aprender fazendo)
  3. Visão sistêmica, gestão por processos e geração de valor
  4. Liderança e empoderamento da equipe
  5. Ter um roteiro base das tarefas, utilizar modelos prontos, formar multiplicadores, delegar atividades operacionais.
Tenho muito interesse em conhecer a sua opinião sobre gerenciamento ágil de projetos. Compartilhe seu conhecimento e experiência conosco.

Excelentes ferramentas de gestão para melhorar a sua empresa




A utilização de ferramentas consagradas é uma forma de aplicar os conhecimentos da academia na rotina dos empresários e executivos.

O livro 25 Ferramentas de Gestão (Julian Birkinshaw e‎ Ken Mark) resgata várias destas ferramentas de forma didática, informa a origem, como utilizar, dicas e outras informações.

Na definição dos autores, “Ferramenta é uma forma prática de aplicar um modo de pensar para realizar uma tarefa”. Quem não gosta uma forma prática ou um roteiro para realizar uma tarefa?

Os profissionais que utilizam ferramentas buscam a agilidade, utiliza-las permite disciplina similar ao preenchimento de um formulário, propósito da informação, sequencia, regras, interdependência, redução de tempo, dentre outras características.

Alguns até dizem que a utilização de ferramentas reduz a diferença entre profissionais inexperientes e experientes, isto permite que mais profissionais realizem o trabalho com qualidade, beneficiando empresas e a sociedade em geral.

Os autores do livro também citam outras fontes para aprofundamento sobre as 25 ferramentas apresentadas.


Para fazer justiça quanto a estudos e boas práticas, não podemos esquecer a Fundação Nacional de Qualidade e o Modelo de Excelência de Gestão (MEG), onde estão presentes mais de uma centena de Ferramentas e Metodologias para auxiliar os profissionais em suas tarefas. 

Seria covardia comparar o Livro 25 Ferramentas de Gestão com o Modelo de Excelência de Gestão (MEG). Os números do MEG são maiores, além disso, este associa a utilização das ferramentas aos Fundamentos, Tema e Processos enquanto o Livro associa somente às áreas da Administração.  


Acesse o link e conheça mais sobre estas excelentes práticas de gestão.
FNQ - Modelo de Excelência da Gestão

Tenho interesse em conhecer a sua opinião e a comunidade leitores será beneficiada pelo debate do tema.

Saudações

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Network da ação


Durante algum tempo acreditei que o network era algo que eu não precisava praticar. Meus relacionamentos familiares, escolares e profissionais dariam conta das demandas de conhecimentos e recursos. Até achava exagero de algumas pessoas colocarem energia para manter diversos círculos de relacionamentos ativos.

A história mostra que as pessoas frequentam ambientes em busca de conhecimentos e recursos. Maçonaria, Rotary, grupos de ex-alunos, conselhos de profissões, associações, sindicatos, agremiações, etc., são exemplos disto.

A evolução da comunicação para alem das cartas, o surgimento do telegrafo, telefone e internet, ampliou possibilidade de acessar conhecimentos e recursos distantes. Vivemos uma fase de abundancia com a utilização das comunidades digitais, mesmo que em alguns casos façamos mal uso.

Diversidade, complementaridade e sinergia

O avanço das comunicações não eliminou os encontros pessoais, estes também evoluíram, foram criados códigos de conduta para disciplinar a interação e a efetividade do compartilhamento. O BNI (Business Network International) é um exemplo que demonstra isto, fomentando o network estruturado.

Particularmente, prefiro o estilo de network praticado nas escolas de negócio, ambientes de encubação de negócios, coworking, etc. Percebo a energia humana, provavelmente porque a maioria é jovem, com sonhos de enriquecer e transformar o mundo.

Nestes locais, não há canapés, degustação de bebidas e charutos, questões filosóficas e políticas tem baixa atenção. O network praticado nestes locais é chamado de “network da ação”, em outras palavras, “nos relacionamos fazendo algo juntos”.

A primeira vez que escutei o termo foi no Startup Weekend, que é uma maratona de empreendedorismo realizada em várias partes do mundo.  Eu não sabia onde eu estava me metendo, mas gostei de vivenciar aquilo. Em alguns momentos lamentei não ter a idade certa para aproveitar integralmente a oportunidade.

Não há nada mais efetivo que um projeto para unir conhecimento, recursos e corações. Nestes eventos nos associamos com pessoas que compartilham os mesmos propósitos profissionais, conhecidos e amigos não tem prioridade na associação.

Tempo é nosso bem mais valioso

Alguns amigos dizem que eu falo de trabalho o tempo todo, mesmo que eu diga que estou falando de paixões e hobbies. Decidi que viverei para trabalhar naquilo que vale a pena viver ou vice versa. Como dizem por aí; “Eu tenho mais passado do que futuro.” Então, eu quero aproveitar o meu futuro para fazer aquilo que faz sentido.

Como o tempo é valioso e sozinho não vamos tão rápido, encontrar pessoas com os mesmos propósitos são a maneira mais efetiva de prosperidade e felicidade.

Vamos pegar o exemplo do moto clube que participei para esclarecer. A maioria dos integrantes reuni semanalmente num bar para falar de experiências em duas rodas e amenidades. Mais amenidades que experiências. Um grupo menor participa do passeio de bate e volta no final de semana e somente uma minoria participa das expedições.

As expedições ou longas viagens são os projetos do moto clube, onde os conhecimentos, recursos e corações se unirão. Os desafios impostos pela jornada lapida o grupo, os motociclistas que participam da expedição são transformados para sempre.

Transporte o raciocínio da expedição de motociclistas para o mundo dos negócios, a importância de relacionamento interpessoal, experiência, resiliência e principalmente do propósito a ser alcançado. Nada une mais que um propósito.

Finalização e questionamento

 Temos orgulho de participar de comunidades presenciais, ter milhares de contatos nas redes sociais, utilizar o patch do moto clube na jaqueta de motociclista, buttons  na lapela do paletó e outras demonstrações de pertencimento.

Quais destas comunidades estão efetivamente contribuindo para o nosso desenvolvimento?

No meu caso pessoal, a família esta cumprindo o seu papel quanto a conhecimentos, recursos e alinhamento de propósitos. Em outras comunidades que participo, entendo que preciso ser mais efetivo, avaliando os conhecimento 

Modelo de negócio de empresas




Setembro é um mês importante para o Google, 20 anos atrás a empresa era fundada, o domínio Google.com foi registrado um ano antes, a construção do motor de busca iniciou em 1995.

Quem consegue imaginar sua vida atual sem Google?

Muitos já admiram empresas internacionais como Ford, Nokia, Kodak, nacionais como a Indústrias Matarazzo, Metal Leve. Eram consideradas exemplos de tecnologia, competência e produtividade, mas algumas delas nem existem mais.

O modelo de negócio destas empresas estava concentrado numa cadeia de valor que transformava matéria prima em produto acabado para ser vendido para quem pudesse comprar.

Estas empresas concentraram em transações vendas a relação com os clientes, inclusive, nomeavam intermediários para manter o consumidor ainda mais distante. Acreditavam o maior valor do seu negócio estava competência produtiva, ouviam pouco os consumidores para a definição de suas estratégias.

Os principais ativos destas empresas tradicionais sempre foram itens como galpões, pátios, fabricas, minas de extração de minérios e outras matéria primas.

Os principais ativos do Google e empresas contemporâneas são diferentes, coisas intangíveis como algoritmos e o mais importante de todos, conhecer os hábitos dos clientes.

Para esclarecer isto, imagine que você conhece com detalhes os hábitos de compra de salame e queijo dos seus vizinhos. Você precisa produzir o salame e queijo para ter sucesso num comercio de frios para eles? Acredito que não.

Parece que o modelo de negócios das empresas que prosperaram no futuro é o que esta concentrado nos clientes, entender suas necessidades e desejos, e os conectar com algum fornecedor que poderá atendê-lo, e ser remunerados por isto.

PLATAFORMA, este é o nome deste tipo de modelo de negócios.

Agora vou estimular uma reflexão ainda mais ambiciosa.

O que estes modelos de negócios têm a ver com profissionais que atuam como consultores empresariais?

Muitos dirão que não tem nada a ver, afinal a maioria dos profissionais autônomos não tem estratégia de atuação definida.

Acredito haverem algumas oportunidades para reflexão e aprendizado e para isto deixo algumas perguntas:

1.      Um consultor deve priorizar o projeto ou o relacionamento como cliente?

2.      O cliente dá preferência a um consultor experiente recomendado ou a aquele que já prestou serviços em sua empresa?

3.      Qual consultor terá o melhor desempenho? O com muitos títulos e certificações ou aquele que já conhece o cliente?

4. Um consultor poderia atuar num modelo de negócios de plataforma?

Bons negócios.

Site RAN Consultoria

Energia, foco e resultados



Como direcionamos nossa energia

A figura da esquerda e a central foram extraídas do livro Essencialismo de Greg Mckeown e sintetizam o que o autor propõe. A maioria das pessoas coloca energia em muitas iniciativas ao mesmo tempo, a distribuição produz um resultado modesto em cada uma delas. O foco em poucas iniciativas gera melhores resultados.

A figura da direita é uma representação da formação dos gansos em voo, representa o aprimoramento da técnica de voar para o melhor resultado do bando. Resumidamente, o primeiro pássaro rompe a resistência do ar e permite que os demais voem com menor esforço, cada individuo se reveza nesta posição e todos ganham.

Vamos trazer estes conceitos para o nosso dia a dia. Estamos colocando energia na coisa certa a fazer? Temos foco? Enfrentamos os desafios sozinhos ou nos associamos para sermos mais efetivos?

Nosso dia é cheio de distrações, bons tempos quando o telefone era quem tirava a atenção. As redes sociais vão muito além, pois dispõem do “compartilhar”, “encaminhar”, “para todos contatos”, para ampliar o alcance. O remetente nem precisa produzir o conteúdo, passa adiante o que recebeu e o nosso celular não descansa.

Sou favorável ao uso de tecnologia, tanto quanto, sou favorável a priorização das coisas que realmente importam para cada um de nós. Por isso, acredito que as distrações estão associadas ao desinteresse com a atividade que está sendo desempenhada no momento da distração.

É pouco provável que a distração interfira quando estamos fazendo algo importante para nós, para as pessoas que amamos, para a comunidade em que vivemos, ou até mesmo para o bem da humanidade.

Vamos imaginar os exemplos a seguir:
·         Distraímos assistindo uma palestra do guru que mais admiramos?
·         Distraímos num encontro romântico com a pessoa mais especial do mundo?
·         Distraímos participando de um processo seletivo para a posição que sempre sonhamos?
·         Distraímos do leão que esta a nossa frente rugindo?

O foco e a energia estão associados à importância, urgência e propósito do que necessitamos ou desejamos, e quando for muito relevante não haverá distrações para alcança-lo.

Agora vamos evoluir o raciocínio de energia e foco para o “coletivo”. Como os gansos, equipes produzem resultados superiores ao esforço individual, percebemos estes resultados em atividades sociais e profissionais que participamos.

A energia de uma equipe inspira, é motivo para ditados populares como; “O todo é maior que a soma das partes.” O “Haka”, dança típica do povo Maori, que tem por objetivo demonstrar o comprometimento com um propósito, foi adotado pela equipe All Black de rúgbi é outro exemplo da energia das equipes.

Em treinamentos e consultorias que realizo, utilizo métodos para potencializar o trabalho colaborativo, onde a energia e o conhecimento da equipe são focados na superação dos desafios do projeto. O senso de propósito e comprometimento não dão espaço às distrações.

Considerando os desafios expostos, o que você esta fazendo para garantir os melhores resultados?

Compartilhe a sua opinião conosco.

Evolução do modelo de negócios das empresas


+40 anos em 10 minutos - A evolução dos modelos de negocio das empresas

Meu estudo inicia no modelo com viés de produtividade e custos, a Cadeia de Valor, evolui para a Rede de Valor, que coloca o cliente no centro, permite conexões em vários sentidos e momentos, e termina com a Plataforma de Negócios, que também pode ser descrita como um ecossistema de negócios.



terça-feira, 23 de outubro de 2018

Ecossistemas digitais


Ecossistemas digitais

Como diz um amigo, “.... juntos vamos mais longe”.


Temos o nosso próprio entendimento do que são ecossistemas, imaginamos interdependência, complementaridade e o produto final, resultado harmonioso da colaboração das partes.

A alcateia, o cardume, a colmeia são exemplos da natureza para demonstrar que a atuação em grupos gera prosperidade. A língua portuguesa tem nos coletivos a relevância de palavras que descrevem os grupos, turma de alunos, comitiva de boiadeiros, tribo de índios e por aí afora.

Por que seria diferente no mundo digital?

Participamos de comunidades digitais, mas a maioria ainda as utiliza como passa tempo. Conheço poucos que atuam em comunidades, num conceito mais estruturado ecossistemas digitais, com o objetivo de aprendizado, sustento e prosperidade.

Por que isto ocorre?

Acredito que a principal razão seja o fato dos ecossistemas serem novidade em nossas vidas, ainda estamos avaliando, em breve saberemos como utiliza estes “locais” e o seu potencial para o nosso bem e da comunidade.

Especialistas dizem que no mundo digital somos diferentes, mais destemidos. É fácil ver a energia investida na defesa de posições e ideias, muitas vezes isto jamais ocorreria no mundo “real”. Perece que temos os ingredientes para seguir em frente, partindo do campo das ideias para o das ações.

Estou lendo o livro Plataforma - a revolução de estratégia, de Geoffrey Parker,‎ Marshall Alstyne e Sangeet Choudary. O livro descreve como as tecnologias digitais estão transformando o mundo, a economia e os negócios em alta velocidade.

Não podemos prorrogar a nossa atuação neste novo mundo digital. Este é de todos, pobres e ricos, instruídos e nem tanto. Engana-se quem acredita que é coisa de nerd, ou moderninho, e que ainda esta “distante para acontecer no Brasil”.

O momento para atuar num ecossistema digital é agora.