quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Qual a forma de sucesso para sua empresa trabalhar?





Recentemente eu li a frase de Reid Hoffman, fundador do Linkedin que me fez pensar.

“Se você não tem vergonha da primeira versão do seu produto, você demorou demais para lançar.”

A maioria de nós deseja trabalhar em coisas que resolvam os problemas das empresas, das pessoas e da comunidade onde atuamos ou moramos. Desejamos isto porque resolver problemas relevantes é o caminho percorrido por empresas de sucesso.

Muitos acreditam que o sucesso esta relacionado a um momento “iluminado” ou até mesmo de sorte. Na maioria das vezes o sucesso é alcançado por esforço e dedicação no desenvolvimento de uma ideia “simples”. Personagens famosos já falaram sobre o poder o simples.

De onde vem o poder do “simples” que nos leva ao sucesso?

Após ler muito sobre inovação e funcionamento de startup's e inovação acredito que o poder do simples esta na capacidade de aprender rápido. Esta relacionado a ter canais contato, ser assertivo no relacionamento, demonstrar comprometimento com os clientes e agilidade para evoluir.

A maioria dos clientes está propensa a contribuir para a evolução do prestador de serviços, especialmente quando percebe que há um interesse genuíno no negócio do cliente, isto é demonstrado com o pronto atendimento das demandas. Esta “parceria” é a chave para um desenvolvimento ágil e efetivo da forma da empresa trabalhar.

Por muitos anos, acreditávamos que a evolução era atividade para especialistas realizarem em laboratórios, cientes que o ambiente controlado nunca simula todas as condições e que gera longos prazos para disponibilização da solução ao mercado.

Num mundo V.U.C.A. (volátil, incerto, complexo e ambíguo), as práticas colaborativas e as metodologias ágeis são componentes que dispomos para produzir conhecimento com a velocidade que necessitamos.

Por que estas práticas contemporâneas só poderiam ser aplicadas no Uber, Arbnb, Netflix, Tesla, dentre outras, e não na forma de trabalhar de prestadores de serviço?

Nota-se que as novas empresas de sucesso tem custos inferiores às que lideravam o mercado antes da sua chegada, tem um relacionamento próximo com os cliente e quebraram paradigmas quando os serviços ofertados.

Será que o sucesso destas empresas esta associado à:
·         Localidade onde estão?
·         Serem grandes empresas?
·         Lideres jovens?
·         Recursos financeiros abundantes?
·         Clientes diferentes dos nossos?

Eu tenho crenças a respeito disto e gostaria muito de conhecer a sua opinião


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Consultoria com grupos de empresários





Ao longo do segundo semestre de 2016 ministrei no interior de São Paulo um treinamento para pequenos empresários com objetivo de capacita-los para uma nova fase de suas empresas. Ao longo dos três meses de encontros abordávamos os temas planejamento, práticas de gestão e liderança empreendedora.

A empreitada não trouxe resultados financeiros, não fui efetivo para formar turmas que cobrissem os custos operacionais, entretanto, foi um excelente laboratório para confirmar minhas crenças sobre a realização de consultoria em grupo e a participação ativa dos clientes nos projetos.

Recentemente li o livro de Willian A. Cohen - Peter Drucker Melhores Praticas, e isto reacendeu o desejo de voltar a trabalhar com grupos de empresários. O autor menciona que as práticas aproveitavam os conhecimentos e experiências dos clientes para a realização dos seus trabalhos.

O método de Drucker consistia em fazer perguntas, que permitiam que ele aprendesse sobre a empresa, a partir de uma visão geral e depois seguindo para os detalhes. Ele dizia que o cliente é o especialista na empresa e acreditava ser imprescindível contar sua participação ativa na consultoria.

No capítulo quinze do livro as ideias de consultoria em grupo de Drucker são apresentadas junto com as experiências de Cohen, materializadas na metodologia IATEP (Teoria de aplicação imediata para melhoria de desempenho) desenvolvida e aplicada na CIAM (California Institute of Advanced Management - www.ciam.edu ).

Nas palavras de Drucker, “quem trabalha com dois ou mais clientes ao mesmo tempo presta consultoria em grupo. Assim, workshops, treinamentos, e até mesmo o magistério convencional em sala de aula são formas de consultoria em grupo”.

Na essência dos métodos utilizados por estes consagrados consultores, professores, autores de best sellers, Drucker e Cohen, esta o empowerment, que transforma o cliente e o aluno em protagonistas do projeto de consultoria e do curso de capacitação respectivamente.

Quanto a minha experiência, vivida durante os treinamentos para empresários no interior do estado, percebi que o conhecimento adquirido pelos participantes foi muito além do conteúdo programático que preparei.

Sem saber, naqueles encontros praticávamos o que Napoleon Hill chama de Master Mind , os empresários compartilhavam suas experiências e esta troca conduziu grupo para um novo patamar de conhecimento.

Gostaria de conhecer a sua opinião sobre o tema, acredito que esta também seja interessante para a comunidade de leitores.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

O que eu aprendi lendo o livro Audaz de Maurício Benvenutti


Reflexões sobre o Livro “Audaz” – Maurício Benvenutti

Como não ler o livro de um jovem empreendedor que saí de Vacaria-RS, faz sucesso no Brasil e agora atua no vale do silício?
Devorei o livro num final de semana, percebi que eu tinha um forte alinhamento com as ideias do autor. Deixei passar algumas semanas para digerir o que li e agora escrevo sobre como cada capítulo impacta a minha vida.

Democratização de tudo

O conhecimento do mundo esta a disposição na internet, basta desejar acessa-lo, nenhuma ideologia política ousou distribuir tanto poder as pessoas. A missão do Google é uma prova disso; “Organizar as informações do mundo”.
Eu consigo trabalhar em qualquer local, acesso meus conteúdos pessoais armazenados em servidores virtuais e utilizo ERP’s pagando por mês menos que uma pizza. Meus equipamentos de trabalho são celular, notebook e impressora, versões básicas que podem ser compradas no cartão de crédito em parcelas.
Li muitos livros ao longo do ano, opto pela versão impressa, pois tê-los é um hobby, mas isto não seria necessário, pois os resumos estão disponíveis na internet em vários formatos.
Manter-se atualizado ficou fácil e barato, não importando o pais onde moramos, classe social e outras questões.

A inquietude que nos une

Nunca estudei tanto, ao mesmo tempo, nunca senti que necessitasse estudar mais, necessito aprender coisas que eu não imaginava necessitar no ano passado.
Percebo que sozinho não vou longe, busco parceiros que compartilhem propósitos, assim, os desafios exponenciais poderão ser enfrentados por uma tropa motivada por compromisso e paixão.
A invocação mais importante é a minha própria, preciso ser outro profissional a cada dia, mais sábio, mais humano e principalmente mais efetivo na percepção de quem importa, o mercado.
Minha trajetória profissional gera inquietude, os trabalhos em que sou remunerado hoje estão baseados em conhecimentos que adquiri nos últimos anos. Para que servem os conhecimento e experiências dos outros 35 anos de minha vida profissional?

O amanhã

As mudanças dos últimos anos, fim de um casamento, redução do padrão de vida, mudança de residência, de sócio, de portfólio de serviços, dentre outras coisas, me prepararam para ver o amanhã com menos temor.
Aprendi que os tempos atuais demandam o conceito da adhocracia, em contraponto aos conceitos da burocracia e meritocracia. A adhocracia prega a ação para ser efetivo no volátil e desafiador mundo atual.
Considerando o exposto, não temo novas mudanças, a inteligência artificial ou outras tecnologias, sinto estar preparado para ligar com elas, afinal, fui um nerd no inicio da minha vida profissional, posso resgatar estas experiências caso necessário.
David McClelland, o autor da “Teoria das Necessidades Adquiridas”, explica como poderemos ter sucesso neste amanhã. Resumidamente, não esta relacionado a inteligência ou conhecimento, mas com nossas atitudes.

Causar impacto

Desde que li “Qual é a tua obra?” de Mario Sérgio Cortella o propósito passou a fazer parte das minhas reflexões. De pequenas a grandes ações avalio se então alinhadas com ao que defini para mim. Da alimentação equilibrada aos projetos que realizado, clientes onde presto serviços.
Atuo em consultoria há quinze anos e somente agora percebi ser mais efetivo em cliente de pequeno porte. Durante algum tempo achei que estava relacionado à minha competência, hoje entendo que esta associado ao alinhamento de propósitos. Os resultados ocorrem de maneira mais efetiva quando há relacionamento direto com um empresário, fundador e apaixonado pelo negócio.
Na grande empresa eu sou um consultor realizando uma dentre muitas atividades, na empresa pequena eu levo novos conhecimentos, que em muitos casos transforma a empresa. A efetividade esta associada à proximidade com o cliente, a capacidade de alterar a cultura corporativa e um genuíno desejo de ajudar.
Percebi o impacto que causo em pequenas empresas, que desejam atualiza-se, conhecer novas práticas e defini que colocarei a maior energia possível para atender este segmento.

Olhar a próxima curva

As curvas apresentadas por Maurício Benvenitti são: horizonte 1 – Pagar as Contas, horizonte 2 Construir as próximas soluções e horizonte 3 – Imaginar o futuro.
Costumo perguntar aos clientes se as praticas de gestão que trouxeram suas empresas até aqui são as mesmas que as levarão para as próximas fases. 90% deles diz que as praticas precisam evoluir.
A pesar de reconhecerem a necessidade da mudança, a maioria não age enquanto não houver uma dor extrema. Somente uma perda significativa de mercado e resultados estimula o empresário a mudar, é o ditado “não se mexe em time que esta ganhando” sendo praticado.
 Aprendi recentemente que resistir a mudança tem haver com o funcionamento do cérebro, este funciona melhor com padrões armazenados, é uma forma de economizar energia do órgão que consome a maior energia do corpo.
Particularmente, a maioria das minhas mudanças foram causadas pela dor. Infelizmente.

Questionar em vez de ter a resposta pronta

Venho praticando isto cada vez melhor, os resultados alcançados em projetos que utilizo técnicas de facilitação, que  capturam o conhecimento do cliente são superiores quando comparados ao período em que eu aplicava os meus “trocentos” anos de experiência profissional.
Tenho a minha versão da frase do autor: Um consultor experiente tem a pergunta certa em vez da resposta pronta.
Por traz deste modo de agir é necessário humildade, reconhecer a sabedoria nos outros e sempre estar preparado para aprender.

Fazer com as pessoas em vez de para elas

Deste que conheci o conceito proposto por Alexander Osterwalder venho estudando as praticas ágeis, que privilegiam a visão do todo para alinhar o entendimento e o design thinking estimular engajamento, realizo a maior parte das atividades dos projetos em equipe.
Peter Druker, um dos pais da administração e consultor consagrado dizia que o cliente é o maior especialista da empresa. Quem sou eu para discordar?
Considerando isto, o consultor aporta um benchmark de métodos e praticas, o cliente aporta sua experiência na empresa e juntos encontram a melhor solução.
Ser diverso
Neste capitulo eu aprendi sobre a importância da diversidade, sua importância nos dia de hoje.
Nas décadas de 1960 e 1980 a rota 128, na região de Boston, costa leste dos EUA, abrigava grandes empresas de tecnologia e universidades de ponta como Harvard, MIT e Yale, era nesta região que a inovação acontecia.
Mas a rota 128 foi superada pelo vale do silício, na região de São Francisco, costa oeste dos EUA, que atualmente abriga as mais bem sucedidas empresas de tecnologia e é o polo novo polo de inovação mundial..
A diferença entre os dois ecossistemas esta na cultura, em Boston, estavam empresas consagradas, famílias respeitadas que educam seus filhos para um mercado com aversão a riscos. No “vale” estavam os “forasteiros”, jovens vindos de todas as partes do mundo, sem famílias, sem um nome a zelar, com maior propensão ao risco.
O ambiente do vale é diverso, propício à associação e consequentemente a inovação, a diversidade é um combustível importante para criar novos negócios.

Mortais com você e eu

Neste capítulo foram apresentados casos inspiradores de empreendedores de sucesso, cada um de nós tem suas preferências. As lições aprendidas neste capitulo estão no próprio titulo, que nos lembra, que coisas especiais são feitas por pessoas normais, comuns como nós.

 Audazes e desobedientes

No filme Jogos Vorazes existe a equipe da “audácia”, esta é composta pelos jovens mais destemidos, que protegem a sociedade, mas também a levam para melhores condições estruturais.
Ser audaz não é não ter medo, é saber lidar com os medos, não ser paralisado por ele. Ser audaz é importante num mundo de transformações, onde não há espaço para zonas de conforto.
Se desobediente para mim é mudar paradigmas, quebrar o statu quo, é acreditar que o mundo demanda pessoas melhores, mais competentes e ao mesmo tempo mais realizadas  com o que fazem.
Acredito que isto é possível quando alinhamos propósitos pessoais e profissionais com as atividades que realizamos no diariamente.