Ao longo do segundo semestre de 2016 ministrei no interior
de São Paulo um treinamento para pequenos empresários com objetivo de
capacita-los para uma nova fase de suas empresas. Ao longo dos três meses de
encontros abordávamos os temas planejamento, práticas de gestão e liderança
empreendedora.
A empreitada não trouxe resultados financeiros, não fui
efetivo para formar turmas que cobrissem os custos operacionais, entretanto,
foi um excelente laboratório para confirmar minhas crenças sobre a realização
de consultoria em grupo e a participação ativa dos clientes nos projetos.
Recentemente li o livro de Willian A. Cohen - Peter Drucker
Melhores Praticas, e isto reacendeu o desejo de voltar a trabalhar com grupos
de empresários. O autor menciona que as práticas aproveitavam os conhecimentos
e experiências dos clientes para a realização dos seus trabalhos.
O método de Drucker consistia em fazer perguntas, que permitiam
que ele aprendesse sobre a empresa, a partir de uma visão geral e depois seguindo
para os detalhes. Ele dizia que o cliente é o especialista na empresa e
acreditava ser imprescindível contar sua participação ativa na consultoria.
No capítulo quinze do livro as ideias de consultoria em
grupo de Drucker são apresentadas junto com as experiências de Cohen,
materializadas na metodologia IATEP (Teoria de aplicação imediata para melhoria
de desempenho) desenvolvida e aplicada na CIAM (California Institute of
Advanced Management - www.ciam.edu ).
Nas palavras de Drucker, “quem trabalha com dois ou mais
clientes ao mesmo tempo presta consultoria em grupo. Assim, workshops,
treinamentos, e até mesmo o magistério convencional em sala de aula são formas
de consultoria em grupo”.
Na essência dos métodos utilizados por estes consagrados
consultores, professores, autores de best sellers, Drucker e Cohen, esta o
empowerment, que transforma o cliente e o aluno em protagonistas do projeto de
consultoria e do curso de capacitação respectivamente.
Quanto a minha experiência, vivida durante os treinamentos
para empresários no interior do estado, percebi que o conhecimento adquirido
pelos participantes foi muito além do conteúdo programático que preparei.
Sem saber, naqueles encontros praticávamos o que Napoleon
Hill chama de Master Mind , os empresários compartilhavam suas experiências e
esta troca conduziu grupo para um novo patamar de conhecimento.
Gostaria de conhecer a sua opinião sobre o tema, acredito
que esta também seja interessante para a comunidade de leitores.
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