segunda-feira, 29 de abril de 2019

“Perdi” o meu sobrenome e a vida continuou


Participei do MaturiFest nos dias 26, 27 e 28 de abril, um evento empreendedor para profissionais maduros.
Inscreveram-se uns 300 profissionais, a maioria em fase de transição de carreiras, poucos já viraram a pagina e exercem atividades com maturidades diferentes na nova função.
Parabenizo os participantes, todos sem exceção partiram para ação, cada um ao seu modo. Conheci projetos piloto, modelos de negócio no papel, ideias na cabeça, sonhos e até falta de sonhos, mas o desejo de seguir em frente estava em todos.
Quantos profissionais ficaram sabendo do evento e arrumaram uma “boa desculpa” para não se expor a mudança?
Eu já fui um destes e tinha justificativas para não mudar. Agia assim por medo, timidez, preguiça, principalmente para não sair da minha zona de conforto. A maioria de nós foi condicionada para ser empregado, quando saímos de uma empresa desejamos ter mesmo emprego em outra.
Acreditamos que um emprego é a única possibilidade de trabalho. Todos nós já escutamos frases assim;. “O fulano da tal empresa.” “Olá beltrano. Onde você esta?”
Quando eu saí do meu ultimo emprego demorei algum tempo para perceber o obvio, eu não era imprescindível para a empresa. Não era excepcional, nem medíocre, mas profissionais mais baratos podiam fazer praticamente o mesmo serviço.
Conheço maduros que temem perder seus empregos, mas não conheço jovens com potencial que temem perder seus empregos. Por que será que isto acontece? Talvez porque um deles ganhe mais que as riquezas que gera, o outro gera mais riquezas do que ganha. Quem é quem nesta equação?
Felizmente, emprego é diferente de trabalho, venho realizando projetos em vários setores econômicos, em empresas de diversos portes, a maioria deles com sucesso. Sou um profissional sem emprego, alguém que vende seu conhecimento para diversos CNPJ, na maioria das vezes custando menos que um funcionário.
 Acredito que este é o meu futuro, trocar conhecimento e experiência por riquezas, e isto demanda mudanças constantes, de endereços, relacionamentos e competências. Como tudo na vida tem um lado bom, o ritmo atual também exige estudo e atualização, sinto que hoje sou mais efetivo.
Pena que meus os ganhos sejam menores que na época de empregado, mas estou trabalhando nisso e em breve reverterei a situação.
Para terminar e provocar aqueles que estão mantendo o status quo, proponho que participem do Startup Weekend 50+, que acontecerá na ultima semana de junho de 2019. O evento pode ser um despertar e prepara-los para o futuro, suas mudanças também chegarão.
Não tenho dúvidas que podemos ser profissionais respeitados mesmo após perdermos nossos “sobrenomes corporativos”.
Compartilhei um pouco da minha trajetória esperando que você compartilhe um pouco da sua, acredito que os demais leitores gostarão de conhecê-la tanto quando eu.

Saudações

Fontes de referencias:

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